Hang Loose Santa Catarina Pro 2009: Kelly Slater vence prova ao bater na Final o brasileiro Adriano de Souza
O surfista havaiano Kelly Slater foi o grande vencedor do Hang Loose Santa Catarina Pro 2009, 4ª prova da Taça do Mundo de Surf.
Slater venceu na Final o brasileiro Adriano de Souza, que até começou bem a "batalha" decisiva ao ganhar as duas primeiras baterias.
Mas, na 3ª sessão, tudo mudou, pois o norte-americano consegue apanhar uma boa onda e deslumbra os juízes, obtendo uma nota superior a 9 valores, contra apenas 8,0 do atleta da casa.
Na 4ª bateria, Slater consegue reduzir a desvantagem, ao vencer por 1,83 pontos de diferença, e na 5ª e última sessão (onde os pontos são a dobrar) o norte-americano arranca um 9,27, batendo o brasileiro por uma diferença de 3,27 pontos.
Esta foi a 41ª vitória do surfista havaiano e a 1ª Final de Adriano de Souza, que em Santa Catarina teve de enfrentar um lote de atletas consagrados como Jeremy Flores (França), Bede Durbidge (E.U.A.) e Joel Parkinson (Austrália).
No final da prova, em declarações ao Jornal Correio da Ilha, o Mineirinho do Guarujá revelou que estava "muito feliz, apesar da derrota", acrescentando que "representar o Brasil numa Final contra o Slater é maravilhoso. E só aqui no Brasil é que poderia ter um apoio incansável dos adeptos, pois em todos os locais onde competi, os espectadores torcem pelo Slater, que é considerado um Deus do Surf".
Adriano de Souza disse ainda que era "o único brasileiro a figurar no top-5 da modalidade. Ainda é muito cedo para falar em conquistas, mas estar no 2º lugar do ranking é muito importante. Espero ganhar uma prova para poder chegar à liderança, mas há que ter calma, pois o Joel [Parkinson], o Taj [Burrow] e o C.J. [Hobgood] são muito experientes, além do Kelly, que com esta vitória reentra na luta pela Taça do Mundo".
Recorde-se que Kelly Slater estava na 21ª posição do ranking depois de ter obtido três 17º lugares nas 3 primeiras provas. Com esta vitória, o norte-americano recebe 1200 pontos, dando um enorme salto na tabela classificativa, que é liderada pelo australiano Parkinson.
Para além dos pontos, o havaiano recebe 50.000 dólares de prémios monetários e consegue bater o recorde de pontuação nas ondas de Santa Catarina ao realizar um total de 17,94 pontos na Final, batendo o anterior máximo que estava fixado em 17,37, obtidos também por Slater nos Oitavos-de-Final da prova deste ano.
No final da competição, o surfista norte-americano também falou ao Jornal Correio da Ilha, para revelar que esteve quase para "não comparecer na prova brasileira", acrescentando que depois de "pensar muito" decidiu participar, pois considerou que esta "era a última oportunidade que tinha para reentrar na luta pela Taça do Mundo".
Slater disse ainda que "a vitória no Brasil não representa nada se as coisas em Jeffreys Bay não correrem bem. Em 2008, o Bruce Irons venceu a prova da Indonésia, e nem chegou ao top-10 da classificação. Na Taça do Mundo é preciso ser regular e paciente, pois só assim é que se consegue apanhar uma boa onda na altura certa".
Sobre a sua prova no Santa Catarina Pro, o norte-americano considerou que "a vitória foi muito difícil. O Adriano é excelente e tem uma grande garra que lhe dá força nos momentos mais complicados. Eu tenho estado atento aos meus adversários, e vejo que o Adriano tem melhorado de prova para prova. Está de parabéns!".
A finalizar, Slater referiu que "durante a prova, é complicado ter 10.000 pessoas a gritar e a apoiar o adversário, mas quando se entra na água, não se ouve nada, só o rebentamento das ondas. E o apoio aos adversários também não é coisa que me incomoda, pois estou concentrado nas provas e a surfar sem pressão, porque a Taça do Mundo já não é uma obsessão para mim, apesar de todo a gente dizer o contrário".
Jornalista: João Miguel Pereira
Slater venceu na Final o brasileiro Adriano de Souza, que até começou bem a "batalha" decisiva ao ganhar as duas primeiras baterias.
Mas, na 3ª sessão, tudo mudou, pois o norte-americano consegue apanhar uma boa onda e deslumbra os juízes, obtendo uma nota superior a 9 valores, contra apenas 8,0 do atleta da casa.
Na 4ª bateria, Slater consegue reduzir a desvantagem, ao vencer por 1,83 pontos de diferença, e na 5ª e última sessão (onde os pontos são a dobrar) o norte-americano arranca um 9,27, batendo o brasileiro por uma diferença de 3,27 pontos.
Esta foi a 41ª vitória do surfista havaiano e a 1ª Final de Adriano de Souza, que em Santa Catarina teve de enfrentar um lote de atletas consagrados como Jeremy Flores (França), Bede Durbidge (E.U.A.) e Joel Parkinson (Austrália).
No final da prova, em declarações ao Jornal Correio da Ilha, o Mineirinho do Guarujá revelou que estava "muito feliz, apesar da derrota", acrescentando que "representar o Brasil numa Final contra o Slater é maravilhoso. E só aqui no Brasil é que poderia ter um apoio incansável dos adeptos, pois em todos os locais onde competi, os espectadores torcem pelo Slater, que é considerado um Deus do Surf".
Adriano de Souza disse ainda que era "o único brasileiro a figurar no top-5 da modalidade. Ainda é muito cedo para falar em conquistas, mas estar no 2º lugar do ranking é muito importante. Espero ganhar uma prova para poder chegar à liderança, mas há que ter calma, pois o Joel [Parkinson], o Taj [Burrow] e o C.J. [Hobgood] são muito experientes, além do Kelly, que com esta vitória reentra na luta pela Taça do Mundo".
Recorde-se que Kelly Slater estava na 21ª posição do ranking depois de ter obtido três 17º lugares nas 3 primeiras provas. Com esta vitória, o norte-americano recebe 1200 pontos, dando um enorme salto na tabela classificativa, que é liderada pelo australiano Parkinson.
Para além dos pontos, o havaiano recebe 50.000 dólares de prémios monetários e consegue bater o recorde de pontuação nas ondas de Santa Catarina ao realizar um total de 17,94 pontos na Final, batendo o anterior máximo que estava fixado em 17,37, obtidos também por Slater nos Oitavos-de-Final da prova deste ano.
No final da competição, o surfista norte-americano também falou ao Jornal Correio da Ilha, para revelar que esteve quase para "não comparecer na prova brasileira", acrescentando que depois de "pensar muito" decidiu participar, pois considerou que esta "era a última oportunidade que tinha para reentrar na luta pela Taça do Mundo".
Slater disse ainda que "a vitória no Brasil não representa nada se as coisas em Jeffreys Bay não correrem bem. Em 2008, o Bruce Irons venceu a prova da Indonésia, e nem chegou ao top-10 da classificação. Na Taça do Mundo é preciso ser regular e paciente, pois só assim é que se consegue apanhar uma boa onda na altura certa".
Sobre a sua prova no Santa Catarina Pro, o norte-americano considerou que "a vitória foi muito difícil. O Adriano é excelente e tem uma grande garra que lhe dá força nos momentos mais complicados. Eu tenho estado atento aos meus adversários, e vejo que o Adriano tem melhorado de prova para prova. Está de parabéns!".
A finalizar, Slater referiu que "durante a prova, é complicado ter 10.000 pessoas a gritar e a apoiar o adversário, mas quando se entra na água, não se ouve nada, só o rebentamento das ondas. E o apoio aos adversários também não é coisa que me incomoda, pois estou concentrado nas provas e a surfar sem pressão, porque a Taça do Mundo já não é uma obsessão para mim, apesar de todo a gente dizer o contrário".
Jornalista: João Miguel Pereira
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